Blog Sarandira Criativa
Textos por Nayara Martins
"Ama o mar, o nascer e o pôr do sol, admira as estrelas, se encanta com a lua; respira arte." Gosto de tudo aquilo que emociona; do que é capaz de tocar a alma e o coração. Encantada por ouvir pessoas e conhecer novas histórias. Estudante de jornalismo; o que não cabe em mim, transborda em palavras.
Transforme a sua vida e alcance as suas metas
“Conheça o empreendedorismo effectuation e descubra como este conceito pode modificar o espaço onde você vive.”
janeiro de 2019
Inércia; primeira lei de Newton, aponta que a tendência dos corpos quando nenhuma força é exercida sobre eles é a de permanecer em seu estado natural, ou seja, repouso ou movimento retilíneo e uniforme. No sentido figurado, inércia é caracterizada pela estagnação ou ausência de reação. Você já passou por isso?
Acredito que todos nós, em algum momento da vida, transpassamos por um período de inércia. Aquela fase em que não saímos do lugar ou parecemos não conseguir alterar o percurso que estamos seguindo, pois ficamos esperando por uma força maior que transforme as nossas rotinas e modifique a realidade do ambiente onde vivemos.
Estamos iniciando um novo ano e a época marca o tradicional ciclo de renovações. É fase de pontuar os nossos desejos, concretizar metas e retirar os sonhos do papel.
Pensando nos projetos que desejamos iniciar e nas mudanças que almejamos promover em Sarandira, separei algumas dicas de empreendedorismo para auxiliar você a concluir as suas metas:
1. Imagine o que pode ser feito pelo local onde vive e responda à três questões:
Quem eu sou? ; O que eu sei fazer? , e , Quem eu conheço?
Esses são os três questionamentos básicos do empreendedorismo effectuation. Este conceito trata de investir, ampliar redes e executar ações retirando ideias do papel; é como empreender na prática. O empreendedor aprende a partir das tentativas baseado em seus erros e acertos; o principal não é focar no resultado, é atentar-se para o agora, para as ações que estão acontecendo devido às atividades em execução.
Saras Sarasvathy, professora da Universidade de Virgínia (EUA), é a criadora do raciocínio effectuation; buscando compreender os processos por trás da resolução de problemas e da transformação de ideias, Sara realizou ampla pesquisa com 30 fundadores de companhias de tamanhos e setores variados em 17 regiões dos Estados Unidos, o que resultou nos cinco pilares do conceito effectuation:
• Autoconhecimento/Pássaro na mão (bird in hand): Comece com aquilo que você possui, o que está em suas mãos. São as três questões já apresentadas: “quem é você, o que você sabe e quem você conhece?”
•Oportunidades/Perda acessível (affordable loss): Gaste apenas o que você puder; não invista quantias que não pode sustentar, busque por soluções econômicas e inteligentes para os problemas. Algumas questões relevantes para este momento, são: “Como eu posso transformar uma habilidade em oportunidade?”, e, “Como as minhas habilidades podem ser úteis na vida de outras pessoas?”.
• Interação/Colcha de retalhos (patchwork quilt): Forme parcerias; isto inclui quem você conhece e quem você pode buscar para auxiliar na concretização de suas ideias.
• Limonada (lemonade): Lide com as contingências; conforme diz o ditado: “quando a vida te der limões, faça uma limonada.” Trabalhe as adversidades ao seu favor, as surpresas surgirão, portanto, prepare-se! Aprenda com os erros e seja criativo na solução de impasses.
• Piloto do avião (pilot in the plane): Na lógica de effectuation, a ideia é controlar um futuro imprevisível. Como isso é possível? Ao cocriar o futuro em lugar de tentar prevê-lo, portanto, é importante focar nas atividades que estão sob administração do gestor da empresa/iniciativa.
Qual a principal vantagem do empreendedorismo effectuation?
Dar o primeiro passo. Pense em uma corrida de dez mil metros, ao imaginar o montante como um todo, parece um longo caminho a percorrer, sendo assim, antes mesmo de iniciar a atividade nós pensamos naquela tarefa como algo árduo e exaustivo e por vezes desistimos na linha de largada sem ao menos tentar. Wanessa Bittar, diretora do Studio Dialeto e coordenadora do Empreendedorismo Criativo Conectado, aponta que pensar em um grande objetivo nos leva a sistematizar problemas, o que geralmente deixa o possível empreendedor desanimado, observando apenas os riscos e desafios.
O método effectuation significa focar no agora e celebrar cada conquista, é o famoso “devagar se vai ao longe”; não é o tempo que demoramos para atingir o resultado final, mas a alegria de alcançar cada pequeno resultado. Passo por passo e ultrapassamos a linha de chegada da corrida de dez mil metros. Devemos ter em mente que isso vale para ações pessoais, assim como para os empreendimentos coletivos. Que tal refletir sobre os principais questionamentos do empreendedorismo effectuation e aplicá-lo em novas ações para Sarandira?
Anote e responda: Quem eu sou? (O que me define? Onde atuo?); O que eu sei fazer? (Quais são os meus talentos?),e; Quem eu conheço? (Quais são os parceiros que podem auxiliar na realização deste projeto? - Instituições públicas, privadas, pessoas da comunidade, etc.)
Você pode ajudar a melhorar o distrito, seja construindo um projeto ou integrando aos já existentes de forma ativa e atuante. Lembre-se que as pequenas ações são capazes de promover mudanças e transformar ambientes, sendo na maioria das vezes as grandes responsáveis por nos retirar da inércia.
Muito além da compra
“Conheça a economia colaborativa; a nova tendência de mercado que estimula a permuta de mercadorias e serviços, recuperando o senso de comunidade.”
outubro de 2017
Vivemos em um século onde somos incentivados a comprar cada vez um número maior de produtos. Adquirimos os mais variados objetos e em pouco tempo abandonamos seu uso.
A bicicleta, o violão, a furadeira, o sapato, a câmera ou o carro que fica apenas na garagem. Pense em todos os itens que você não utiliza e estão em bom estado. Já imaginou dar um novo significado para eles? Até mesmo o local onde você deposita todas estas peças pode ganhar uma nova função quando se trata da economia colaborativa.
Este tipo de prática comercial apresenta o conceito do compartilhamento. O modelo se baseia na relação de permutas feitas diretamente de pessoas para pessoas. Podem ser ofertados recursos humanos, físicos ou intelectuais, possibilitando o acesso a bens e serviços sem a necessidade de aquisição do produto.
Em alguns casos, o pagamento não precisa ter um valor monetário e a compensação pela atividade prestada ou pelo item alugado pode ser feita a partir de outra oferta. O principal objetivo é que todos os envolvidos, tanto os provedores quanto os clientes se beneficiem.
SENSO DE COLETIVIDADE
A plataforma Tem Açúcar?, criada em 2014 pela carioca Camila Carvalho, atua no segmento da economia colaborativa. A ideia do aplicativo é baseada em interações não monetárias e estimula o senso de pertencimento na comunidade.
Há cerca de vinte ou trinta anos atrás, era perfeitamente comum bater na porta do vizinho e pedir uma escada, um rádio ou uma forma para bolos emprestada. Os moradores de um mesmo bairro e adjacentes eram amigos, pessoas do mesmo ciclo social que conviviam e em muitos casos, consideravam-se família.
Mas com o passar do tempo, nós deixamos de interagir e nos aproximar daqueles que residem perto de nós. Atualmente, é comum não falar bom dia, não cumprimentar e em diversos casos, nós não sabemos nem mesmo o nome do ‘vizinho de porta’, que vive no mesmo andar que o nosso há anos.
A vida em apartamento, principalmente nas grandes cidades, tende ao solitário, ao individualismo; talvez por medo da interação com desconhecidos, por receio de parecer inconveniente ou devido à agitação do dia a dia. Mas imagine o quão maravilhoso é ver sua vizinhança como um lugar para ter e fazer amigos.
Com o slogan: “Economize, seja sustentável e conheça pessoas incríveis”, o Tem Açúcar? resgata a ideia de pertencimento a um grupo. Trazendo de volta o antigo costume de bater na porta do vizinho para pedir algo emprestado, mas desta vez, com a ajuda da tecnologia, promovendo interações online através do aplicativo de compartilhamento.
Imagem: divulgação/TemAçúcar?
A partir destes quatro passos simples é possível obter emprestado o item que você precisa; contribuir para um mundo mais sustentável e ainda conhecer as pessoas que vivem em seu entorno.
COMPARTILHE CADA MINUTO
Você certamente já ouviu a célebre expressão ‘tempo é dinheiro’, não é mesmo? Baseado no valor de cada momento, a startup Bliive apresenta a hora como moeda de troca.
Fundada em 2013 pela brasileira Lorrana Scarpioni, a rede de compartilhamento propõe que os participantes utilizem os períodos de ócio para ensinar e aprender. O nome Bliive foi inspirado na palavra em inglês believe, que no português, significa acreditar. Com o slogan: “Acredite no poder das pessoas” o foco da plataforma é o escambo de bens não materiais. Como conhecimento, experiências e talentos, produtos intangíveis para os quais não é possível determinar uma cotação.
A ideia é dividir para somar. Você é fluente em algum idioma? Cozinha bem? Sabe ouvir pessoas? Não importa o seu dom, nenhuma atividade vale mais do que outra. Todos possuem o mesmo capital: as horas do dia, o que faz a diferença são suas habilidades e sua dedicação para passá-las a diante.
Quando você instrui uma tarefa para alguém, você ganha 1Bliive, que é o crédito utilizado na plataforma. Com os bliives você pode adquirir novos conhecimentos e assim compartilhá-los, criando círculos de aprendizado.
Site: bliive
MENOS É MAIS
Um dos pilares da economia colaborativa é evitar o consumo desenfreado, pois além de prejudicial ao meio ambiente, a atitude não faz nada bem para o nosso bolso.
Em tempos onde os objetos são cada vez mais descartáveis devemos pensar no que realmente desejamos ao adquirir algum produto. Devemos sempre questionar: Necessitamos do item ou de seu uso?
Existem casos nos quais, percebemos que estamos visando à utilização, devido ao status ou poder que aquela peça representa para uma parcela da sociedade. Neste tipo de situação, buscar sites de compartilhamento é uma opção bem mais econômica, além de consciente.
Você pode, por exemplo, alugar uma bolsa de grife em sites como a BoBags. A plataforma dispõe de um catálogo com nomes como Prada, Yves Saint Laurent, Chanel, Louis Vuitton e Dior por um preço muito menor que a aquisição permanente do produto.
Site: bobags
VIAJE SEM GASTAR COM HOSPEDAGEM
Agora que você conhece tantas plataformas e startups que visam facilitar sua vida e evitar o acúmulo, acredito que você não vai precisar mais daquele ‘quarto da bagunça’, onde acumula objetos que raramente usa, não é mesmo?
O tempo onde guardávamos itens que não utilizamos em alguma área de nossa casa, deve ficar no passado. O futuro aguarda por um consumo responsável. E neste modelo, um cômodo vazio pode ganhar uma função bem mais interessante do que armazenar coisas; pode abrigar histórias.
O couchsurfing é uma plataforma que acredita na interação entre viajantes de todas as partes do mundo. Com o slogan ‘Compartilhe experiências autênticas de viagem.' O objetivo é conectar pessoas dispostas a abrirem suas casas para viajantes que buscam por hospedagem.
A ideia é conhecer um novo destino e ainda ter o suporte de pessoas que residem na região para atuarem como um guia local, mostrando os costumes e pontos turísticos ao visitante.
O site foi criado em 2003, e atualmente conta com mais de quatro milhões de usuários. A hospedagem é grátis e você pode se inscrever como anfitrião e receber pessoas ou pode solicitar abrigo em alguma viagem.
Para quem gosta de receber pessoas, é uma boa maneira de conhecer novos costumes e etnias; é dar a volta ao mundo sem sair de casa. Também é ideal para quem deseja economizar com hospedagem e ainda ter o suporte de um morador local durante o passeio. Não importa o seu perfil, o principal para “surfar no sofá” é saber driblar o choque cultural e criar laços de amizade.
Site: couchsurfing
Nos mesmos moldes do couchsurfing, o projeto Sarandira Criativa recebe pessoas, através da locação da sua sede via aplicativo airbnb, para compartilhar experiências na comunidade de Sarandira, há 20 km de Juiz de Fora.
Visite e reserve: airbnb
MENOS TRÂNSITO, MAIS AR PURO
A Uber tornou-se bastante popular, desde sua chegada ao Brasil em 2014. No início aconteceram rixas entre motoristas do aplicativo e taxistas, mas finalmente o serviço se estabilizou e hoje é um dos mais utilizados para pequenas e médias distâncias.
Menos carros nas ruas, menos poluentes na atmosfera e mais conforto para quem antes ficava refém do transporte público e serviços de táxi.
Utilizar ônibus ou metrô na maioria das cidades brasileiras, infelizmente é uma tarefa desafiadora, afinal, não existe a valorização do consumidor, com passagens que custam caro para um serviço tão deficitário. A chegada da Uber veio para mostrar que gostamos de partilhar o transporte, mas queremos um serviço eficiente para isso.
Com o UberPool é possível compartilhar corridas e economizar 30% a mais em suas viagens. Quando você solicita dividir um carro, a plataforma da Uber aciona pessoas que estão por perto, indo para lugares próximos ou em rotas similares a sua que também desejam repartir os gastos com deslocamento.
Outro serviço semelhante é o aplicativo BlaBlaCar, onde é possível oferecer e receber caronas reduzindo assim, os custos com o transporte. Este serviço é oferecido de pessoas para pessoas, sem intermediação da plataforma. Você escolhe com quem deseja viajar.
A ideia é promover um ambiente mais sustentável, reduzindo o número de carros nas ruas e em consequência gerando menos poluentes e menos trânsito nas cidades. Beneficiando não só o planeta, mas o seu bolso, afinal, quem oferece a viagem economiza no combustível e quem participa também ganha dividindo o valor do transporte. Além, da possibilidade de fazer amigos, é claro.
Esta é a essência da economia compartilhada: bom para a natureza, melhor para todos.
ECONOMIA COLABORATIVA E O MERCADO
Para o economista Michel Souza, este novo modelo de consumo tornou-se uma tendência por causa da sustentabilidade. Destacando que a ideia de dividir é bem mais próspera para o meio ambiente do que produzir.
Hoje, nós estamos muito mais lúcidos e conscientes sobre os impactos socioambientais que cada produto gera. E os danos são os mais diversos, desde a extração de recursos naturais para desenvolver algum item, ao gasto de energia durante sua fabricação e transporte. O descarte também é um problema, pois ainda não é feito da maneira ideal. Portanto, trazer um novo significado para o objeto é muito melhor do que inutilizá-lo.
O autor de best-sellers, Jeremy Rifkin, no início deste século, já falava sobre a predisposição a modelos iguais ou semelhantes às redes de compartilhamento. Em seu livro, “A Era do Acesso” (2000), o norte-americano, aponta que a economia atual está a caminho de uma transição da posse para o acesso de bens e serviços.
Rifkin afirma que as pessoas, cada vez mais, vão pagar pelo uso em detrimento à propriedade do objeto ou experiência. Destacando que o mercado ao qual estamos acostumados com vendedores e compradores, também passa por mudanças, possuindo nesta nova era fornecedores e usuários.
Na Era do Acesso, Rifkin ainda ressalta que as empresas estão terceirizando atividades, reduzindo estoques, alugando equipamentos e imóveis. Ponto que o economista Michel Souza também destaca: “Estudos financeiros mostram que é mais barato alugar um apartamento ou carro do que de fato comprá-lo.”.
O economista explica que atualmente são raras as empresas que compram um espaço, ou uma frota de carros. Uma vez que, o aluguel possibilita a mesma utilidade ou status, mas sem os gastos com manutenção.
CONSUMO E TROCA
Para quem deseja tornar-se mais do que um investidor ou ofertante de produtos e serviços no modelo de economia colaborativa; o economista aponta: “O fundamental para ter sucesso é investigar e perceber o setor no qual existem falhas de mercado e atuar nele”. Agregando tecnologia, de forma que as pessoas precisem desembolsar cada vez menos dinheiro e ter mais qualidade no serviço.
Outro ponto importante é priorizar áreas que atinjam o maior número e diversidade de clientes, afinal, a economia colaborativa é sobre pessoas. Quanto maior o número de usuários compartilhando, mais próspero o negócio será.
Cri(atividade)
agosto de 2017
Quem nunca teve um bloqueio criativo ao iniciar tarefas? Pode ser na criação de um passo de dança; uma pintura; ao desenvolver uma redação ou para solucionar algum problema do cotidiano. Parece que todos nós estamos fadados a essa parede invisível que nos impede de sair da inércia e transformar projetos em realidade.
Contudo, a boa notícia é que a criatividade é uma característica presente em nossa essência e pode ser estimulada. E para desenvolvê-la não devemos ter medo de pensar fora da caixa ou fugir dos padrões aos quais estamos habituados.
De acordo com a psicóloga Larissa Assis, para aprimorar o potencial criativo é importante experimentar coisas novas. "Se desejamos exercitar nossa criatividade precisamos de vontade própria, esforço e dedicação, pois é necessário fazer atividades diferentes seja na rotina ou na maneira como você encara as situações do seu dia-a-dia."
Outro ponto fundamental é viver o momento presente, pois diversas vezes executamos alguns afazeres no "modo automático". Também é necessário permitir novos pontos de vista, e para esse fim, as leituras e pesquisas são essenciais. Mas a psicóloga lembra que apesar da importante dedicação aos estudos devemos conceder momentos de descanso e relaxamento ao nosso cérebro.
Vivemos em uma década de agitação, onde recebemos muitas informações durante o dia, portanto, um momento de pausa e tranquilidade é determinante para renovar a criatividade.
Procure exercer atividades que lhe tragam alegria e prazer; pare por alguns instantes; contemple a natureza e a beleza ao seu redor, às vezes a inspiração necessária para despertar seu potencial criativo está à sua volta.
Organizar os próprios pensamentos também é primordial. Para auxiliar nesta tarefa, Larissa indica a criação de mapas mentais, eles contribuem para a visualização e coordenação de nossos desejos e ideias. A especialista também aponta a importância de anotar aquilo que achamos relevante, tendo sempre um caderninho próximo à cama, pois muitas vezes, é na hora de dormir que a imaginação flui. Sendo assim, registre as melhores informações para não perdê-las após acordar!
A última dica, mas não menos importante é permitir-se errar. Eu costumo dizer que criatividade é a coragem de alçar voo antes mesmo de checar se você possui asas. Não é loucura, mas sim, acreditar em si mesmo. Muitas vezes nós duvidamos de nossa capacidade por medo de falhar e em função disso, não conseguimos prosseguir com nossos projetos.
Mas devemos lembrar que até mesmo os grandes feitos foram alcançados após uma série de equívocos. Thomas Edison cometeu diversos enganos antes de criar a lâmpada incandescente; Alberto Santos Dumont antes de inventar o avião e Marie Curie antes de realizar as importantes descobertas em seus estudos acerca da radioatividade.
Os erros fazem parte do processo de criação e são eles os responsáveis por nos conduzir ao melhor resultado. Você possui um incrível potencial criativo, encontre-o e o desenvolva, pois nossa mente é capaz de desenvolver ações grandiosas que com um pouco de criatividade tornam-se reais.
O sorriso de Sarandira
março de 2017
"Da janela do ônibus vejo prédios dando lugar às árvores, asfalto se transformando em estrada de chão, poluição ficando para trás e o céu ganhando um tom bem mais azul.
Os raios de sol atravessam as frestas do transporte coletivo e iluminam o meu rosto, que nesse momento, já apresenta um sorriso. Sorriso que celebra a gratidão. Gratidão por estar ali. Por estar ali e perceber o quanto a natureza é fantástica.
Gosto de pensar que uma das melhores partes do destino é a viagem e, do ponto de partida (a movimentada e barulhenta Av. Getúlio Vargas), até o ponto final, no distrito de Sarandira, descubro sempre uma nova Juiz de Fora.
A cidade que é marcada por sua agilidade e intenso fluxo de pessoas exala energia, agito e animação que contrastam diretamente com a calmaria, tranquilidade e sossego de Sarandira.
Saímos do dinâmico centro urbano de Juiz de Fora, onde todos aparentam estar sempre com pressa, para encontrar um local onde os ponteiros do relógio parecem andar mais devagar.
Contemplar o pôr do sol no alto da igreja de Nossa Senhora do Livramento, ouvir o bom dia/ boa tarde/ boa noite sempre cordial dos moradores locais, observar o céu estrelado.
São esses pequenos e grandiosos momentos, que parecem ser esquecidos ou passam despercebidos na "cidade grande" que fazem a diferença.
Por vezes, pensamos que quanto mais coisas fazemos, mais aproveitamos o dia. Porém, quando temos a oportunidade de parar por um minuto e perceber a vida em nossa volta, é aí que realmente fazemos um dia mais produtivo.
A vida é sobre os segundos vividos e não sobre aqueles que passam no relógio.
1h e 30 minutos é o tempo que gasto de Juiz de Fora a Sarandira.
1h e 30 minutos é o tempo que ganho do agito a calmaria."